domingo, 8 de julho de 2012

“Na música, o que dá dinheiro é sempre burrice”, diz Hermeto


por Agência Brasil

O compositor e multi-instrumentista Hermeto Pascoal, que acaba de lançar o DVD Hermeto Brincando de Corpo e Alma feito apenas com sons obtidos a partir do corpo, tem muito a ensinar. Apesar de ser o professor dos sonhos para muitos estudantes, o músico tem encontrado muitas dificuldades para emplacar um de seus maiores projetos: o Templo do Som, uma escola de música que, além de repassar sua vasta experiência de vida, tem a ambição de ensinar músicos e pretensos músicos a fugir dos padrões cada vez mais comuns à música contemporânea.

“Infelizmente não tive apoio financeiro de ninguém. Se eu quisesse montar outra coisa para fazer sensacionalismo e que desse mais dinheiro... mas [na música] o que dá dinheiro é sempre burrice. O câncer da alma chama-se dinheiro”, lamenta o multi-instrumentista que ainda não conseguiu patrocínio para fazer o projeto ir adiante. “Hoje estão dando cursos de música eletrônica até nas universidades. É triste, porque esse é o tipo de coisa dirigida a quem, na verdade, não é músico. Usar computador é programar a alma. E quem é músico [de verdade] não quer saber disso”.

Para Hermeto, as escolas de música tendem a fazer com que músicos repitam formas musicais já existentes, sem agregar aquilo que considera a matéria-prima da boa música: o sentimento. “O que não se pode é colocar o saber na frente do sentir”, disse ele à Agência Brasil. “Na teoria [musical] é a mesma coisa. Colocar teoria é colocar o saber na frente do sentimento. Aprender teoria não é aprender música. Você tem de ter a música na cabeça inclusive para poder escrevê-la, até porque, depois de terminar uma música, eu tendo a esquecê-la totalmente”.

Hermeto diz o que falta para tocar o projeto Templo do Som. “Preciso apenas de um lugar que dê para fazer minha escola, para educar o pessoal por meio da música, passando minha experiência de vida e todas as coisas que sinto, sem padronizações e sem cobrar caro dos alunos”, diz. “Patrocinador que não tem inteligência musical não vai me patrocinar. E eu também não vou procurá-lo. Quero alguém que, de fato, ame a música”.

Fábrica de álcool doméstico da Pindorama é liberada pela VISA





por Assessoria

A direção da Cooperativa Pindorama recebeu, essa semana, a equipe técnica da Vigilância Sanitária Estadual (VISA). O grupo foi ao Povoado de Pindorama, município de Coruripe, para inspecionar a mais nova unidade industrial da cooperativa, a fábrica de álcool doméstico, tipo 46 graus. Seguindo todas as exigências técnicas, a cooperativa recebeu a autorização de funcionamento da unidade de envase de álcool.

De acordo com o gerente da divisão de alimentos da Cooperativa Pindorama, Jasse Rocha, a perspectiva para o inicio das atividades, ainda este mês, continua. “A equipe da cooperativa está agilizando a liberação dos documentos que faltam. A exemplo, da liberação do órgão vinculado ao Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro)”, informou.

Além dos técnicos da vigilância, o diretor-presidente da Pindorama, Klécio Santos, recebeu o diretor de Vigilância Sanitária, Paulo Bezerra Nunes, que fez questão de conferir o enquadramento da mais nova unidade industrial de Pindorama.

A unidade, que já está totalmente equipada, tem a capacidade de envasar dois mil litros de álcool por hora, porém inicialmente não vai explorar sua capacidade total. A produção crescerá conforme a demanda. O novo produto vem para agregar valor ao mix da Cooperativa Pindorama.