quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Músico não precisa de registro para exercer profissão, decide STF


19:01 - 01/08/2011



Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta segunda-feira (1º) que o músico não precisa ter registro em entidade de classe para exercer sua profissão.



Os ministros julgaram o caso de um músico de Santa Catarina que foi à Justiça ao alegar que, em seu Estado, ele só poderia atuar profissionalmente se fosse vinculado à Ordem de Músicos do Brasil.



Em diversos locais do Brasil, músicos são obrigados a apresentar documento de músico profissional -- a "carteirinha de músico" -- para poder se apresentar.



A decisão vale apenas para o caso específico, mas ficou decidido que os ministros poderão decidir sozinhos pedidos semelhantes que chegarem ao tribunal. Ou seja, se o registro continuar a ser cobrado, será revertido quando chegar no tribunal.



Para a ministra Ellen Gracie, relatora da ação, o registro em entidades só pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados", afirmou.



O colega Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse registro pois a música é uma arte. Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever.



Já o ministro Gilmar Mendes lembrou da decisão do próprio tribunal que julgou inconstitucional a necessidade de diploma para os jornalistas, por entender que tal exigência feria o princípio da liberdade de expressão.







  1. Fonte: Uol

Transposição do Rio do São Francisco só acabará em 2014, avisa ministro


 

Da redação



Transposição das águas do rio ainda causa polêmica

Reportagem do jornal Folha de S. Paulo desta quarta-feira (03), afirma que as obras de transposição do rio São Francisco, um dos maiores projetos do PAC, vão ficar mais caras que o previsto, e a água só vai começar a chegar aos nordestinos a partir de 2014, quatro anos além da previsão inicial.



A informação foi dada ontem pelo ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra. Segundo ele, a previsão inicial atualizada do custo do projeto era de R$ 5 bilhões, mas o governo agora calcula que ele passará para R$ 6,8 bilhões.



O motivo, segundo Bezerra, são aumentos de preços causados por obras não previstas nos projetos básicos, os chamados aditivos, e por compensações ambientais.



Alguns contratos vão chegar ao limite de aditivo de 25% do valor sem que a obra consiga ser concluída.



A conclusão real dos trabalhos ficará para 2014 e 2015 nos dois eixos -o Leste, que vai levar água para os rios Paraíba (PB) e Ipojuca (PE); e o Norte, que levará água às bacias dos rios Jaguaribe (PE), Piranhas-Açu (PB/ RN) e Apodi (RN).



A previsão inicial era terminar em 2010 e 2012.